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Hoje saí de casa pra ir ver dois filmes: O Vencedor e Cisne Negro. Indico os dois, ótimos filmes, empolgantes e repletos de emoções.

O primeiro, mostra um drama familiar espetacular, o medo, a vergonha, a perda, a volta por cima, muito bom. Mas eu queria na verdade falar do segundo, não do filme propriamente, mas do que ele gerou em mim.

Estou com um sentimento estranho até agora, me encontrei em muitos momentos na personagem de Nina, aí quem assistiu vai dizer:

- Mas como assim?

Calma, eu explico.

Estive fazendo terapia nesses últimos meses, e descobri algumas (muitas) coisas estranhas sobre mim. Uma dessas descobertas foi saber que vivi momentos compulsivos em muitas fases da minha vida, o saber que era por "isso" que eu passava tantas vezes.

A compulsão é estranha, ela vem de uma vontade enorme e fazer determinada coisa, vem não da vontade, na verdade ela vem da frustração. No momento que nada do que foi planejado da certo vem a culpa, e a necessidade de auto-punição, traçamos metas cada vez mais difíceis e falhamos mais vezes, é um ciclo estúpido. A compulsão às vezes saí de um motivo e vai pra outro como forma de compensação.

É triste e dolorido, muito comum e difícil de admitir. Hoje percebo que é difícil curar também, e me pergunto se realmente existe uma cura. Acredito que não.
O que me incomoda mais, lembrando das cenas do filme, é até que ponto se pode chegar. Não quero chegar nem perto daquilo, nem perto do que já fiz.
Hoje estou buscando um equilíbrio e senti vontade de vir escrever isso por aqui, espero que ajude.

Vou seguindo, um passo de cada vez.

Janaina de Oliveira

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